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... Fay e Arthur Barringer,
pais de Sydney.
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Quando confrontada
com a acusação,
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que exigiu uma grande dedução
por parte das autoridades,
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Fay Barringer jurou ignorar
que a caçadeira estava carregada.
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Ela passa a vida a apontar-me
a arma, mas descarregada.
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Não carregou a caçadeira?
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Porque haveria eu
de fazer isso?
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Um rapazinho
que morava no edifício,
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amigo e visitante ocasional
de Sydney Barringer,
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afirmou que o vira carregar
a caçadeira 6 dias antes.
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Ricky!
Chega aqui um instante!
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Ao que parece,
as brigas, discussões
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e violência acabaram
por saturar Sydney Barringer.
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Conhecendo a predisposição dos pais
para brigar, decidiu agir.
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Ele disse que queria
que os pais se matassem,
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que era o que eles
queriam fazer,
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e visto que queriam fazê-lo,
ele ajudá-los-ia.
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Sydney Barringer salta do terraço,
situado num 9º andar.
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Os seus pais discutem
3 pisos mais abaixo.
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O tiro acidental de caçadeira
colhe Sydney no estômago
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quando ele vai a passar pela janela
do 6º piso, onde decorre a briga.
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A morte de Sydney é instantânea,
mas a queda prossegue
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até encontrar,
5 pisos mais abaixo,
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uma rede instalada 3 dias antes
para uma lavagem de janelas,
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que lhe teria amparado
a queda e salvo a vida,
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não fora o buraco
no estômago.
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De modo que Fay Barringer
foi acusada do homicídio do filho
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e Sydney Barringer considerado
cúmplice na sua própria morte.
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Na minha modesta opinião
de narrador,
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isto não é apenas
"algo que aconteceu".
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Isto não pode ser
"uma daquelas coisas".
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Isto, por favor,
não pode ser tal.
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E custa-me dizer
aquilo que gostaria de dizer.
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Isto não se tratou
de um mero acaso.
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Não.
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Estas bizarrias
acontecem a toda a hora.