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Ganhei o jogo.
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Repete lá outra vez.
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A Amy e o Charles acham que sou gay.
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- Não.
- Sim!
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Tu és gay. Eu sou gay. Nós somos gays.
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Santo Deus!
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Eu sei. Isto é,
como podem eles pensar isso? Eu, gay?
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Ê tão embaraçoso e mortificante e...
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Humilhante.
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Humilhante, sim!
Isto é, não entendo. Não compreendo.
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Sou apenas um idiota sensível,
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vulgar e normal...
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Mas vê só. Sabes a que me refiro, certo?
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Claro.
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Quando dizes que te sentes humilhado,
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na verdade queres dizer
que tens orgulho e vergonha nenhuma.
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- Não. Não é isso. Ê que...
- Ser gay não é normal.
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Não penso isso. Não me incomoda
que as pessoas sejam gays.
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Sou a favor da homossexualidade,
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principalmente quando é
entre 2 ou 3 mulheres espectaculares.
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Mas eu não sou gay!
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Desculpa. Não quis ofender ninguém.
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- Que estás a fazer?
- Estou a tentar decidir
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se deva recuperar graciosamente
dos teus insultos,
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ou dar-te uma joelhada.
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- Sim, eu sou insensível e duro.
- Ês estúpido e jovem.
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Sim, estúpido e jovem.
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Mas isso não altera o facto
de estarmos ensarilhados.
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Que fazemos agora?
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"Nós?" Acho que não há
nada que eu possa fazer.
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- Temos de fazer alguma coisa.
- Porquê?
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- Porque todos acham que sou gay.
- Eu não.
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Tu não? Quem se rala?
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Estás a gostar disto.
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Quando a quiseste espiar disse-te
que algo de mau podia acontecer.
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Não me ouviste. Portanto, a realidade é...
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A realidade é que fizeste
a tua grande cama de gay
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e agora deves deitar-te nela alegremente.
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Mas não quero.
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Bons sonhos. Vejo-te na próxima jantarada.