:12:26
"Eaqui estou, de calças arrega-
çadas, metido no riacho,
:12:30
'pensando,
e quando ouço o tiroteio
:12:33
"Iargo as latas e desato a correr
pela savana para o Camino Real.
:12:38
"Dizem-me que Baptista morreu,
junto à entrada da quinta.
:12:43
"Passamos pelos quatro caminhos,
:12:45
"onde encontramos
o primeiro grupo de rebeldes.
:12:48
"Vêm a pé desde Velasco,
disparando para o ar e gritando
:12:52
"'Viva Cuba, porra!'
Emil outras coisas.
:12:56
"Entre eles estâs tu,
:12:57
"grito o teu nome a plenos pulmões
e ao veres-me deixas o grupo,
:13:01
"corres para mim, pões-me o braço
no ombro e comecas a falar.
:13:06
"Bandeiras e mais bandeiras,
à frente e atrâs,
:13:09
"acima e em baixo, em arcadas
de repente improvisadas nas ruas,
:13:13
"nos postes telegrâficos
da primeira avenida,
:13:16
'penduradas na orla das portas
e dasjanelas de todas as casas,
:13:20
"dispersas pelo chão,
amarradas a fiadas de cordéis,
:13:24
"agitadas pelo vento,
:13:26
"bandeiras, milhares delas,
:13:28
'penduradas urgentemente
nos mais ínfimos recantos,
:13:31
"trapos vermelhos e negros,
papéis coloridos e mais papéis,
:13:36
"trapos, vistojâ entrarmos
em Holguín,
:13:38
"todos nós debaixo das bandeiras,
gritando, soltando vivas, cantando,
:13:43
"à frente de bandeiras
amarradas a paus de vassouras,
:13:46
"de esfregões,
de tudo que o vento agite.
:13:50
"E os carros buzinando sem parar
:13:52
"e os miúdos das colinas
vendo-nos passar, dos passeios.
:13:56
"Alguém grita, 'São os rebeldes!
Olhem os rebeldes!'