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Os teus ferimentos do desastre
já sararam mas diz cá,
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está tudo bem entre ti
e Lady Imogen?
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Muito bem, sim.
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Achas-te capaz
de um juízo imparcial?
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Ela é para sempre?
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Andamos muito mais sérios,
ultimamente...
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Explica-te, estou ansioso
por ouvir o falar de mortais.
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O fantástico é o partilhar,
e ela voltou à pintura.
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E tem imenso talento.
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É bom aceitar-se os vícios
um do outro
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e ela fuma menos
desde o desastre.
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É o escape dela,
eu tenho os meus...
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E a ética de trabalho dela está
a voltar, o que é sempre bom.
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E demos novo alento
à nossa vida sexual,
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tornámo-la um pouco mais...
exótica.
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Aos domingos faço um bom jantar,
depois sentamo-nos...
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Às vezes fazemo-nos
na mesa da cozinha
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mas em geral ponho-me a ler
enquanto ela desenha.
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Às vezes discutimos...
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Bati-a finalmente ao ténis de mesa
e nem sequer me elogiou.
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Talvez eu tenha mau vencer...
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Mas é quando fazer as pazes
sabe melhor.
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E sabes o que se segue?
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Os arrepios.
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- A história é encantadora.
- E verdadeira.
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Apercebes-te, claro, que pode ser
o começo da oportuna separação?
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Qual fruto maduro
que cai da árvore;
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é assim a Natureza.
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Não faço ideia o que
queria dizer o Monk.
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Achava que as coisas
iam tão bem...