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Ele discursava sobre a censura
e a arte, e nem sequer me ouviu.
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Horas de invocar o sangue,
horas de invocar o sangue...
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Deixámos de ser amigos
depois daquilo.
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Comecei a passar
montes de tempo dentro de casa.
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Um dia, um aranhiço
desceu do tecto.
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Disse chamar-se Owen e que tinha
vivido toda a vida naquela casa.
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E que nunca tinha visto
nenhum inquilino estar tanto só.
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Perguntou-me se queria
que tecesse uma teia na porta
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para que ninguém entrasse
e respondi,
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Não, obrigado.
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...apesar da soar
a grande ideia.
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Mas o aranhiço Owen tinha razão,
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tinha de parar de ter pena de mim,
é chato.
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E decidi recomeçar a sair.
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Só me permito carbonetos
aos fins-de-semana,
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graças a Deus que hoje é 6a.
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Vais comer o teu pão?
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Não, é uma brasa e não me levou
a nenhum restaurantezeco.
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O meu Pai gosta de saber
de mim.
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A sentença obriga-me
a usar sempre esta pulseira,
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senão violo a condicional.
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Sei que é disparatado,
mas tenho os dentes sujos?
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Como vêem, as minhas opções
não eram muitas.
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Até que um dia encontrei a Cyrus
por acaso e começámos uma relação.
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O problema era ela ser obcecada
pelas Barnes & Noble.
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Mas nunca consegui
fazer-lhe panquecas...
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Soube que voltou para o MIT.