:42:00
Não te chega?
Também queres o meu sangue?
:42:02
Pobre vítima!
És um filho da puta.
:42:04
Não me insultes
e não metas o miúdo ao barulho.
:42:07
Ele já se meteu.
Explica-lhe tu o que se passa.
:42:09
Marcos!
:42:10
- Como estás?
- Olá, miúdo. Estás bem?
:42:12
E tu?
:42:14
Disseste que ele não aparecia,
que não ligava. Estás bem?
:42:17
- Estou. E tu?
- Também.
:42:20
Ela convenceu-te a trabalhares
com ela, disfarçado e tudo?
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O dinheiro fazia-me falta
para pagar as dívidas.
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Não lhe dês explicações.
Não tens de ter vergonha.
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Diz-lhe porque não pode
receber a heranca dos avós.
:42:32
Valeria, porque não paras
com isso?
:42:33
- lsso. Pára!
- Não sejas ingénuo, Frederico.
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Não me metas ao barulho, sim?
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Ele já me disse o que se passa
com a heranca e isso basta-me.
:42:40
- E acreditaste nele?
- Claro! É meu irmão!
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Resolve os teus problemas com ele,
mas deixa-me de fora.
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Tenho de voltar ao trabalho.
:42:49
- Até á próxima.
- lsso.
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Adeus.
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- Boa tarde.
- O que quer?
:43:13
Viemos buscar um envelope
que o seu marido nos deixou.
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Disse-nos que era um envelope
amarelo e grande
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que está no móvel da sala,
debaixo do jarrão chinês.
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- O meu marido não está.
- Eu sei.
:43:24
Disse-nos que, mesmo assim,
podíamos vir buscar o envelope.
:43:27
Ele não está.
Volte noutra altura.
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Gostaria muito,
mas é impossível.
:43:33
O Sandler,
o Sr. Sandler disse-nos que...
:43:35
Já disse que não está!
:43:38
O meu marido não está!
:43:41
Quem são vocês?
Que querem de mim?
:43:44
- Nada. Mas, minha senhora...
- Desapareçam!
:43:47
- Olhem que chamo a Polícia!
- Minha senhora, por favor...
:43:50
Já disse que desaparecessem!
Conheco bem a vossa laia!
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Aproveitam-se das pessoas
que estão sozinhas.
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Porém, não permitirei
que isso me aconteça.
:43:59
- Não abro a porta a ninguém!
- Vamos. A senhora tem razão.