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Não quero conversas contigo.
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- Dá-me só um minuto.
- Não quero ouvir-te.
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É sobre o dinheiro dos avós.
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Yito, diz ao Frederico
que venha cá imediatamente.
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- Deixa o miúdo de fora.
- Porquê?
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Divido as despesas com ele,
vivo com ele.
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- Tem o direito de saber.
- De saber o quê?
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O que quer que me vais propor.
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Marcos, conheço-te,
conheco esse tom.
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O que tenho que te interesse?
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Estou a fazer um grande negócio
com o Vidal Gandolfo.
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O que foi?
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- Tu, outra vez? O que foi?
- Que fazes?
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Contas-lhe tu, ou conto eu?
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O teu irmão quer
que eu durma com um cliente dele
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e, em troca, dá-me dinheiro,
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uma parte do que nos roubou.
- Não é assim.
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Ai não? És mesmo filho da puta!
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O que é preciso para que digas
a verdade, ao menos uma vez?
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Outra vez? Porque me chamaste?
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- Para ouvires a proposta dele.
- lsto é entre nós. Deixa-o.
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- Tens razão. Adeus.
- Fede, Fede.
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Diz-lhe a verdade.
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Vou ganhar a causa.
Não quero o dinheiro.
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Só quero
que lhe digas a verdade.
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O resto é com ele.
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Se a disser,
dormes com o Vidal?
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Sim.
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Como sei que cumpres?
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Dá-me a tua palavra de honra;
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sempre foi o teu ponto fraco.
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Dou-te a minha palavra de honra!