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O desfiladeiro à frente. Andei em círculos
uma vez para ganhar tempo para pensar.
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- Acho que devemos ir.
- Não sei se devemos.
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É a morte à espreita ali, especialmente
com a rapariga a sangrar.
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O quê? Que estás a dizer?
Ela não está ferida.
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Não é ela.
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Ela.
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Estás a brincar comigo.
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Achei que fosse melhor as pessoas
pensarem que eu fosse um rapaz.
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Pensei que me deixariam em paz,
em vez de se meterem comigo.
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Desculpa.
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Desculpa, querida.
Estás mesmo a sangrar?
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Podia ter me deixado na nave, Fry.
Foi por isso que não disse nada antes.
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Eles tem sentido o seu
cheiro desde que saímos.
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Caso não tenhas reparado
eles despertam com o sangue.
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Isto não vai dar certo.
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- Temos que voltar para trás.
- O que é que disseste?
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Foste tu que nos trouxeste para aqui
para começar transformaste-nos
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em gado a caminho do matadouro.
- Estava errada. Admito.
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- Está bem? Podemos voltar para a nave?
- Não sei, Carolyn.
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Brisa agradável. Espaço aberto.
Estou a começar a gostar disto.
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Estás "pedrado" outra vez?
Ouve, Johns.
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Não. Tens razão, Carolyn.
Porque é que temos medo?
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A minha vida é um monte de
merda sem nenhum significado.
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Digo para continuar. O desfiladeiro está
apenas 200 metros à frente, depois é a cidade,
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Que tal se vocês os dois, metessem uma
rolha na boca miúda e seguisse-mos.
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- Ela é o capitão. Devemos ouvi-la.
- Ouvi-la?
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Quando nos queria
sacrificar a todos?
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- O que é que ele está a dizer?
- Isto não nos ajuda.
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Durante o desastre, ela tentou explodir
o compartimento dos passageiros,
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tentou matar-nos durante o sono.