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ou passavam por um velho
com uma vassoura de folhas,
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a limpar o chão de musgo no Japão.
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Encomendávamos os mesmos
catálogos e, folheando as páginas,
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caminhávamos por caminhos
empoeirados com elas,
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parando aqui e ali
para ajudá-las com as mochilas,
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pondo as nossas mãos
nos seus ombros quentes e húmidos,
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e olhando para o pôr-do-sol
cor de papaia.
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Bebíamos chá com elas
num pavilhão de água.
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Fazíamos o que queríamos.
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A Cecilia não tinha morrido.
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Ela era uma noiva em Calcutá.
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A única forma
de nos sentirmos próximos delas
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era através destas excursões
impossíveis,
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que nos marcaram para sempre,
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fazendo-nos mais felizes
com sonhos do que as esposas.
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Colecionando tudo
o que fosse delas,
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as miúdas nos saíam da cabeça,
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mas estavam a escapar-se.
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A cor dos seus olhos
estava a desvanecer-se,
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juntamente com o local exacto
dos seus sinais e covinhas.
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Das cinco ficaram quatro,
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e viviam todas no mundo
dos mortos, tornado-se sombras.
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Estariam perdidas para nós se não
nos tivessem contactado.
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Um longo,
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dois curtos,
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e um longo.
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Apanhaste? É tubo.
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"Socorro...
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"...mandem..
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...bobo".
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"Socorro, mandem bobo"...?
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Pensava que sabias código Morse.