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Na passada semana,
tivemos provas inequívocas
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de que uma série de bases
de mísseis bélicos
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estavam a ser instaladas
naquela ilha aprisionada.
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O objectivo destas bases
não pode ser outro
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senão a capacidade
de ataque nuclear
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contra o Hemisfério Ocidental.
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Agindo assim em defesa
da nossa própria segurança,
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e com a autoridade
que a Constituição me confere,
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ordenei de imediato
os seguintes passos iniciais.
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Primeiro, para deter
esta movimentação ofensiva,
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iniciou-se uma quarentena rigorosa
do equipamento militar ofensivo
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enviado por mar
com destino a Cuba.
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Todos os navios, de qualquer tipo,
que se dirijam para Cuba,
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de qualquer nação ou porto,
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serão, em caso de carga de armas
ofensivas, obrigados a regressar.
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Segundo, ordenei uma vigilância
apertada e contínua
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a Cuba e às movimentações
militares que aí ocorram.
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Se estes preparativos
militares continuarem,
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justificar-se-ão recurso
a outras acções.
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As Forças Armadas estão em alerta
para qualquer eventualidade.
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A política desta nação será
considerar qualquer míssil nuclear
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lançado de Cuba contra qualquer
nação do Hemisfério Ocidental
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como um ataque da União Soviética
aos Estados Unidos,
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o que provocará uma retaliação total
contra a URSS.
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TERÇA-FEIRA
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Belo discurso, Teddy.
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Acho que consigo
manter o meu emprego.
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Não. O discurso
foi mesmo excelente.
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Nem imagino o que terás feito
com a versão dos ataques aéreos.
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Não consegui escrevê-la.
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É muito difícil escrever
sobre o impensável.
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Eu tentei. Só que...
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... não consegui.
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Recebemos a resposta soviética.
Está a chegar por teletipo.