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Da forma como fala, até parece
que conhece o Kruschev em pessoa,
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mas nunca dá pormenores.
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Usei-o como fonte
em algumas histórias.
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O FBI identificou Alexander Fomin
como "Residente" soviético,
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o equivalente do KGB
aos nossos chefes de sector.
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É o espião deles
mais graduado neste país.
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E ele sabe
que o John é meu amigo.
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Todas as marcas
de uma negociação indirecta.
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Pois... rica alternativa.
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Um tipo da ABC.
O raio do meu vizinho do lado!
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Então eles retiram os mísseis
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e nós comprometemo-nos
a não invadir Cuba,
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não perturbar o Castro,
nem ajudar quem pense fazê-lo...?
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Esta pode ser a primeira mensagem
verdadeira de Kruschev.
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A alternativa, Sr. Presidente,
é que isto pode ser uma armadilha.
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E como pode ser isso,
exactamente?
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Oferecem um acordo,
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embrulham-nos nas negociações,
nós falhamos...
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Porquê uma aproximação destas?
Porque pode ser negada.
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Os Soviéticos não fizeram
outra coisa senão mentir-nos.
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Isto pode ser
precisamente o mesmo.
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Pode ser por isso que o Kruschev
nos está a apresentar este tipo.
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Já nos queimámos pelos meios
diplomáticos formais,
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agora ele envia um
que faça o acordo.
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Isso pode ser o que eles
querem que nós pensemos.
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A verdade é que não sabemos
quem este Fomin representa.
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Pode ser o Kruschev,
pode ser uma facção do Politburo,
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ou até o próprio KGB.
Não sabemos.
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Já agora, Scali,
as tuas actividades
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caem agora sob o regulamento
da Acta Nacional de Segurança.
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Lamento, John.
Não haverá Pulitzer.
1:35:35
Sr. Presidente,
não temos muito tempo.
1:35:38
Tenho de encontrar-me com ele
dentro de três horas e meia.
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Parece que a grande questão é:
será a oferta legítima?
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Se for, não podemos dar-nos
ao luxo de ignorá-la.
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Então, John...
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Dar-lhe-emos instruções
dentro de umas horas.
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Obrigado.