:03:00
Talvez desde a faculdade.
:03:02
Pelo menos, foi quando as alucinações
parecem ter começado.
:03:05
De que está a falar? Que alucinações?
:03:07
Até agora, só sei de uma.
:03:10
Um companheiro imaginário
chamado Charles Herman.
:03:14
O Charles não é imaginário.
:03:16
Eles são amigos íntimos desde Princeton.
:03:18
Conheceu o Charles?
Alguma vez jantou convosco?
:03:22
Só vem á cidade por pouco tempo,
para dar palestras.
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-Esteve no seu casamento?
-Teve de dar aulas.
:03:27
Viu alguma fotografia,
ou falou com ele ao telefone?
:03:30
Isto é ridículo.
:03:32
Liguei para Princeton.
:03:34
Segundo os registos deles,
o John morou sozinho.
:03:41
Bem, o que é mais provável?
Que o seu marido,
:03:44
um matemático sem treino militar,
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-seja um espião a vigiar os russos...
-Está a fazer dele maluco.
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Ou, que tenha perdido
a noção da realidade?
:03:55
A única forma de poder ajudá-lo,
é mostrar-lhe a diferença...
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entre o que é real
e o que existe na mente dele.
:04:06
Venha.
:04:09
Em que tem estado ele a trabalhar?
:04:13
O trabalho é confidencial.
:04:14
Mencionou um supervisor...
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chamado William Parcher.
:04:19
Talvez ele nos possa esclarecer as coisas.
:04:22
Mas não posso contactá-lo
sem autorização.
:04:26
Quer que o ajude a obter os pormenores
do trabalho do meu marido?
:04:30
O John pensa que sou um espião russo.
:04:33
É o que pensa?
:04:39
-Que disse o médico?
-Ele está doente?
:04:41
Não sei.
:04:42
Quero ver o que ele tem estado a fazer.
:04:44
-Não podes entrar no escritório dele.
-É confidencial.
:04:47
Pára.