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Abre, Ray.
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Que fazias na cidade esta manhã?
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Como soubeste que lá fui?
- Que fazias com o ex-marido da Susan?
:21:18
Comia uns ovos.
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Por que o deixou ela?
O gajo é porreiro.
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Mal disse que pensava
comprar cá um terreno
:21:25
ofereceu-se
para me apresentar um corretor.
:21:29
Ainda acabamos vizinhos...
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Tive uma belíssima razão
para não te querer por lá,
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tu falas demais, sempre falaste.
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Talvez não seja o único;
como achas que dei contigo?
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Quando estávamos dentro
a cumprir aquela pena
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lembras-te de nos pormos a imaginar
onde íamos gastar a massa?
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Tiveste sorte de só eu
somar dois e dois,
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ou tínhamos aparecido
os três no casamento.
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E o Tommy e o Johnny?
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Que têm,
pensas mandar-lhes a parte deles?
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Então, não queres saber
como te encontrei?
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Claro que quero, Ray.
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Uma vez, bêbedo, contaste
que tiveste uma infância lixada,
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tirando um Verão passado
na costa do Maryland
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onde o ar era limpo,
as gentes amigáveis...
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Não digo que foi fácil encontrar-te,
eu só fazia uma ideia geral.
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E muitas vezes
estive assim de desistir.
:22:33
Até que...
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...te puseram no jornal.
:22:50
Uma coisa te digo...
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Sabes o que mais detestava
em trabalhar à margem da lei?
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Ter de me dar com escória.
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Arranjaste um advogado
que te safou;