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Vou reunir-me com
o meu comité executivo segunda de manhã,
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e gostava que fizesse uma apresentação.
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- Está a falar a sério?
- Bem, nada de complicado, entenda-se.
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Limite-se a falar das mesmas coisas
de que falou aqui esta noite.
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Óptimo. Adorava.
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Oh, e já agora,
deixe-se lá de representações.
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Perdão?
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Acha que cheguei onde cheguei na vida
por ser parvo?
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Ora, você tem ambições, Hal,
e eu admiro isso.
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Diabo, quem me dera
ter mais cem como você.
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Seríamos a firma número um no pais.
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E minha filha vai poder
ter muito mais encontros amorosos.
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Estou certo que a Rosemary
não tem problemas com encontros.
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Já lhe disse que
acabasse com essa treta, está bem?
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Ouça, a Rosemary é minha filha,
e Deus sabe a ternura que tenho por ela.
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Mas acho que sabemos ambos que não
a vamos ver em breve a rodopiar o bastão,
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na parada das tipas da claque do Dallas.
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Não estou a perceber.
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Estou a dizer a verdade, Hal.
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E a verdade é que não pude pôr a minha
filha ao colo desde que ela fez dois anos.
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Sabe, já li sobre gente como o senhor.
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- Gente como eu?
- Super ambiciosos com metas impossíveis.
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Nada é suficientemente bom.
Nunca nada está à altura.
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Nunca lhe ocorre que os seus filhos
são pessoas com sentimentos próprios.
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Pensa que eles não passam de
uma extensão sua, como a sua empresa,
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ou o seu avião privado Lear de 20 milhões
de dólares e o seu Picasso ali à entrada.
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Tudo é um reflexo de si, logo
nada nem ninguém é suficientemente bom.
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Continue.
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Quando conheci a Rosemary, ela disse-me
que sabia que não tinha muito bom aspecto.
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Nem acreditava no que ouvia. Pensei
como é que uma pessoa tão bonita pode