:41:01
Não sabíamos
que estava um morto no carro.
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De nada me serve um gringo morto.
Vire à esquerda.
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Vá.
:41:37
Se vai matar-me,
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ao menos tenho o direito a saber
quem me vai enviar a Deus.
:41:44
Diga-me!
:41:47
Ouve, não vou matar-te.
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Mas vou ter de dar-te um tiro.
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- Porquê, senhor? Porquê?
- Porquê? Porque me roubaste.
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Sabes da pistola
e vais voltar a roubar.
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Não vou deixar que voltes
a cair que nem mosca na sopa.
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- Não serei mosca. Não me verá mais.
- Vais levar um tiro, e acabou-se.
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Assim, demoras a chegar à vila,
sobretudo se coxeares...
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Espere. Coxear?
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Não pode apenas amarrar-me melhor?
Porra. Um tiro? Amarre-me!
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- Bem, não tenho corda.
- Daí, dá-me um tiro?
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É à americana.
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Onde é que preferes?
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Na perna, não. Tem artérias.
Poderia morrer em segundos.
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Então, no pé.
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De onde venho, é razoável.
Vai doer, mas sarará.
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E se me tiras um dedo do pé? Espera.
O esquerdo, não.
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Lamento. Vou contar até 3.
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Um...
:42:57
Concordo contigo. Mas há
várias maneiras de ver o problema.