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"Era o dia em que o armeiro
ofereceria a arma ao fidalgo.
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"O filho do fidalgo era um soldado
notoriamente cruel, sabido e velhaco.
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"Para ele,
o pai pedira a coisa mais bela,
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"mais perfeita
que ele jamais vira.
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"Mas nada, nem palavras ou descrição,
poderia fazer-lhe justiça,
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"ou preparará-lo
para a perfeição daquela pistola.
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"Quando o filho do fidalgo
viu a sua prometida,
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"foi amor à primeira vista.
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"O filho do fidalgo
tomou a magnífica arma nas mãos.
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"Moldava-se-lhe perfeitamente.
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"Não funcionou.
O nobre viu nisso um mau presságio.
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"A maldição tornara-a inútil
em mãos indignas.
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"O armeiro pediu-lhe que tentasse
uma última vez, e ele fê-lo.
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"O nobre sentiu-se ofendido
com a incompetência,
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"e ficou furioso com o armeiro.
Discutiram.
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"Ao perceber que o coração dela
pertencia ao humilde ajudante,
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"um homem muito seu inferior,
o nobre enfureceu-se.
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"Não podia tolerar aquilo.