Waking Life
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:11:01
Resumindo, penso que
a mensagem disto é...

:11:04
que nunca nos devemos
pôr à margem...

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ou vermo-nos como vítimas
das mais variadas forças.

:11:10
Somos sempre as nossas próprias decisões.
:11:23
A criação parece ser o resultado
da imperfeição.

:11:26
Parece ser resultado
de uma luta e da frustração.

:11:32
E é aí que eu penso
que nasce a linguagem.

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Tem origem no nosso desejo
de transcendermos o nosso isolamento...

:11:40
e de criar uma qualquer forma
de ligação aos outros.

:11:44
E devia ser fácil, quando era
apenas uma questão de sobrevivência.

:11:48
Como "água", não é?
Tivemos de arranjar um som para isso.

:11:51
Ou "Tens um dentes-de-sabre atrás de ti".
Tivemos de arranjar outro som para isso.

:11:55
Mas penso que, onde se torna
verdadeiramente interessante,

:11:59
é quando usamos esse mesmo sistema
de símbolos para comunicar....

:12:05
tudo o que de abstracto e intangível
experimentamos.

:12:10
O que é, por exemplo, a frustração?
Ou o que são a raiva e o amor?

:12:15
Quando digo "amor",
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o som sai da minha boca...
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e toca os ouvidos das outras pessoas,
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viaja por aquela conduta
bizantina no seu cérebro,

:12:27
através das suas memórias
de amor ou de falta dele,

:12:31
e elas registam o que eu digo,
e dizem sim, e compreendem.

:12:34
Mas como sei se compreenderam?
Porque as palavras são inertes.

:12:37
São apenas símbolos.
Estão mortas, sabias?

:12:41
E há tanto de intangível
nas nossas experiências.

:12:46
Tanta coisa que nos toca e que não
conseguimos expressar. Que não pode ser dito.

:12:51
E no entanto,
quando comunicamos com alguém,

:12:56
e quando...
:12:58
sentimos que estamos em ligação,

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