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E estava uma Econoline parada.
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Havia um gajo, em tronco nu,
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a carregar a carrinha...
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com os pneus.
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Agarrou nos dois últimos pneus,
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empurrou-os para dentro,
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e eu, é claro, virei-me para ele e
"Ei, você aí!"
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O gajo volta-se...
está em tronco nu...
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transpira...
é sólido como um muro...
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saca dum facalhão...
- uns 30 centímetros -,
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e começa a correr para mim,
a toda a velocidade.
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Penso:
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"Há aqui qualquer coisa errada."
Volto para dentro,
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enfio a mão atrás da caixa registadora,
onde o dono guarda a pistola,
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tiro-a para fora,
armo o gatilho,
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e quando me voltava para trás,
o gajo vinha a entrar.
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E pude ver-lhe os olhos...
Nunca me esquecerei daqueles olhos.
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Tinham péssimas intenções
a meu respeito.
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E disparei... e atingi-o.
Bum! Em cheio no peito.
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Bang! Saiu com a mesma velocidade
com que vinha a entrar.
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Foi parar mesmo entre as duas bombas,
"Sem Chumbo" e "Normal."
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E o gajo devia estar drogado,
com anfetaminas ou assim,
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porque se manteve de pé...
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ainda com o facalhão na mão,
o peito cheio de sangue,
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e voltou a avançar mesmo assim.
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Eu estava em choque,
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voltei a engatilhar a arma
e disparei.
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Como nos velhos tempos...
Bum, bum, bum,bum!
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Acabei por atirar o gajo
para fora das bombas.
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E a partir daí,