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Não precisamos, nem queremos,
que um investigador descubra
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a razão da senhora Watts estar
num quarto de hotel com o Sr.Bardo.
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Sugiro que volte aos seus afazeres,
e esqueça este assunto.
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Quanto menos se falar,
melhor.
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Mesmo assim, gostaria de falar
com a senhora Watts.
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- E que crime cometeu ela?
- Nenhum crime...
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Apenas desejo vê-la.
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Estou certa que todos desejaríamos
ver muita gente,
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mas felizmente, no nosso país,
e no vosso,
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elas não são obrigadas
a nos verem.
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Resto de bom dia, inspector.
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Sabe qual é a multa
por ter uma arma ilegal?
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Já lhe disse
que a arma não é minha.
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Muito bem.
Então ficamos nós com ela.
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E quanto à sua moto...
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Quer mesmo fazer queixa do seu roubo?
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Claro que quero.
Se não estava no hotel, alguém a levou!
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Porque não procura melhor...
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Se não aparecer nos próximos dias,
ligue-me.
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Não acredita em nada daquilo
que eu disse, pois não?
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Não só não acreditei,
como não vou com a sua cara.
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Ouça Bardo,
eu conheço-o.
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Um espertalhão dum ex-paparazzi,
que não trabalha há sete anos.
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Não sei o que anda a tramar,
mas não é coisa boa.
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Mas se continuar assim,
ainda acaba numa prisão,
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cheia de espertalhões como você.