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Diz.
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Diz cá, mi amor,
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vais deixar para depois do almoço
ou já a comeste antes?
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Lupe, não comeces...
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Julgas que não te conheço,
que sou parva?
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- Assim não posso trabalhar...
- Podes, sim.
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Tens comida e a puta, o que precisas
para pintar os teus murais.
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- Põe-te na rua!
- E não voltes para casa,
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não me apareças com
os discursos do costume
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sobre o artista, o povo
e a tua revolução de merda!
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Só pensas em ti, meu merdas.
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Foi-se o almoço.
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Apesar de...
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E se te comesse a ti?
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Já comi antes carne de mulher.
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Embrulhada em tortilha.
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Sabe a leitão, daqueles
tenrinhos e suculentos...
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Cuidado, a Lupe voltou!
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Estupores de merda...
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Mostrem-se, seus anarquistas!
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E acendam mais fogos de artifício,
se se atrevem!
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Só queremos fazer de si
um homem sério, panzón.
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Achas-me gordo?