:45:00
Como se chama?
:45:04
John...
:45:06
...Q.
:45:09
Está bem, John Q.
:45:12
Sou o Tenente Grimes,
:45:14
mas trate-me por Frank. Pode ser?
:45:16
- Claro.
- Sou o negociador de reféns.
:45:19
Sou polícia há 35 anos
e só faço isto.
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Não entro em joguinhos,
nem dou tangas a ninguém.
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Quando digo que faço uma coisa,
faço-a.
:45:27
Vamos então ao que importa.
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Há aí alguém ferido?
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Estamos nas Urgências.
Estão todos feridos.
:45:34
- Estão bem.
- Óptimo.
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Enquanto eles estiverem bem,
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podemos continuar a dialogar.
Que deseja você, ao certo?
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Contacte a Rebecca Payne,
:45:43
a administradora do hospital.
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Quando a vir, diga-lhe que quero
o nome da criança na lista de dadores.
:45:50
Percebeu?
O nome na lista de dadores.
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- A criança é rapaz ou rapariga?
- Rapaz.
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Eu também tenho dois rapazes.
Duas raparigas e dois rapazes.
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Não tente manipular-me, Frank,
percebeu bem?
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Não quero que me manipule,
sinto-me insultado!
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Tenha calma, John,
a ideia é não se enervar.
:46:09
Se for preciso, enervo-me, percebeu? L
:46:12
Já lhe disse o que quero.
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Se não trata disso, desato aos tiros,
percebeu?!
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Entendi perfeitamente.
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Vou já tratar disso.
Rebecca Payne, certo?
:46:22
Exacto.
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Há aqui muitos polícias.
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- Quer mesmo ir em frente com isto?
- Quero.
:46:32
Mantenha a calma.
:46:34
Você arranjou um belo sarilho,
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mas se colaborar comigo,
arranjamos maneira de se safar.
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Temos de ter confiança um no outro.
:46:43
- E porquê, Frank?
- Porquê?!
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Porque a fé sustenta o mundo.
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Temos de acreditar naquilo
que não queremos acreditar.
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Além disso, não tem alternativa.
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- Quero a epidural!
- Já não vai a tempo.
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Saia, saia!