:28:28
Olha. Temos as cartas de Ash
e da Christabel.
:28:30
- Olha, bem. Ouve.
- O quê?
:28:32
"Querida Srta. LaMotte:
:28:35
Foi um enorme prazer falar
consigo...
:28:36
na festa do meu querido
Crabb-Robinson.
:28:41
Espero que você também tenha
desfrutado da nossa conversa.
:28:43
Concede-me o prazer de
poder visitá-la?"
:28:49
Ela disse: "Não, mas pode escrever-me".
:28:52
Não prefere uma carta,
por mais imperfeita que seja...
:28:56
a um prato de sanduíches
de pepino...
:28:59
com cortes esquisitos?
:29:02
Acho que prefere,
e eu também.
:29:08
"Estou arrebatado e comovido
com o breve retrato do seu pai".
:29:12
"Escrevo idiotices,
mas se me responder...
:29:15
receberá uma dissertação sóbria
sobre o que quiser.
:29:18
Inteiramente à sua disposição.
:29:21
- "Eu também nasci...
- Christabel LaMotte".
:29:23
numa pequena aldeia.
:29:25
Não é bem assim.
Não é vazio".
:29:28
Que fantástica e poeirenta
caixa de mistérios...
:29:31
é um armário de curiosidades.
:29:35
Que irão os meus olhos
ver primeiro?
:29:37
Sou uma criatura da minha caneta.
:29:40
A minha caneta é a minha
melhor parte.
:29:43
Envio-lhe poemas novos.
:29:45
Li avidamente
as suas lendas imaginárias...
:29:48
achei-as encantadoras e tristes
ao mesmo tempo.
:29:52
Os seus versos são brilhantes mas,
talvez as metáforas sejam mais ricas.
:29:55
Querido Sr. Ash:
:29:57
Vivo circunscrita
e em intima comunicação comigo mesma.