:29:01
Foi demais!
:29:03
Não, por favor. Não me atrevo a ouvir...
:29:07
...há muito tempo que sou
atacado por línguas venenosas.
:29:12
Ouçam, eu não sou demais.
:29:16
Porque eu, Jojo, sou um monstro.
:29:24
Tu não és um monstro.
Os monstros são terríveis.
:29:27
Pois, e quem nos salva assim
como tu não é terrível.
:29:30
Tu não és nenhum monstro.
Precisas é de uma banhoca.
:29:34
Por favor. Estão a tentar
fazer-me sentir melhor.
:29:38
Mas a minha dor está
para lá da vossa compreensão.
:29:44
Tenho a certeza que são puras e
inocentes e, com certeza, amadas.
:29:50
Como podem saber o que é ser atirado...
:29:54
...para um mundo
que só nos dá miséria?
:29:59
Como podem saber o que é ser
temido pelas pessoas e desprezado...
:30:04
...devido àquilo que nos torna especiais...
:30:06
...porque somos diferentes,
porque somos...
:30:10
...anormais?!
:30:15
Porque...
:30:18
...nós também somos anormais.
:30:21
- Que magníficos poderes!
- Não, são terríveis.
:30:24
- Aposto que todos os odeiam.
- Sim.
:30:27
- E odeiam-vos também.
- Sim.
:30:33
Eu estou no mesmo barco.
:30:35
Este cérebro está cheio de ideias brilhantes.
:30:40
Mas haverá alguém que liga? Não.
:30:45
Esta massa cinzenta...
:30:48
só me martiriza.
:30:55
Jojo, não fiques triste.
:30:58
O nosso pai diz que as pessoas ficam
zangadas quando não compreendem...