:44:01
- Que é que te aconteceu?
- Comeu uma branca, foi o que foi.
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- Foi como eu imagino?
- Estupendo.
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- De mamas rosadinhas?
- Grandes?.
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- Sim, grandes.
- Sim.
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- A carpete condizia com os cortinados?
- Desculpem.
:44:16
- Não podes fazer isso.
- Não, não podes?
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- Com branca ou sem branca,onde diabo te meteste?
- Ali não,
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porque é onde estão as pessoas
que dizem palavrões. Muito obrigado.
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Pareces um branquela de
14 anos.
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Não me parece, Irmã Rapariga.
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É Mana Rapariga, dude.
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Talvez no planeta vómitos.
De onde eu venho,
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gostamos de falar correctamente,
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muito obrigado.
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De falar correctamente?
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Planeta vómitos?
Parece-me que alguém nesta sala
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se vendeu.
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Vamos matá-lo.
Fecha a porta, preto.
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Chiu, não olhes, querida.
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- Desculpa, cão...
- Ei, amiguinho.
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Se não tivesse lido aquele artigo
na Vanity Fair sobre como controlar-me,
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já tinha largado este batido
de goiaba e manga
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- e tinha-te dado com o pé no traseiro.
- Traseiro?
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Talvez não gostem
do novo eu,
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mas eu não quero nem saber.
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Cá para mim podem tirar o cavalinho da chuva.
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Agora, se me dão licença,
tenho que ir. Está a dar o "Frasier".
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"Cavalinho da chuva?"
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Ele disse que me tinha dado
com o pé "no traseiro".
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Maldito seja.
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Eu sabia que isto ia acontecer.
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Um agente que trabalha muito
tempo a paisana,
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acaba por perder a sua própria identidade.
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Ninguém resiste a longas noites
sozinho
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nem a café com leite
sem natas.
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Nem a mulheres brancas.
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Deixem-me ver se percebi,
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se um preto se dá bem,
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começa a usar Dockers,
compra discos da Celine Dion
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e come uma branca,
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- acusam-no de se vender?
- Já chega, Lance.
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Sempre a tentar mandar abaixo o branco.
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Pois é. Pois é.
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- Isto não está bem.
- Que se passa Irmão Génio?