:14:01
És quente demais
para esses tons de terra.
:14:03
Mas e a canção?
É demasiado rápida, demasiado lenta?
:14:07
É assim sempre a mesma coisa,
repetitiva.
:14:13
Isso é um refrão, ou um bom coro?
:14:17
O refrão?
:14:18
Eu não faço refrões. Não sou um vendido.
Não visto roxo nem faço refrões.
:14:24
Tudo bem.
:14:44
- Pensei que estavas morta.
- O Neal está no quarto ao lado.
:14:48
Ele ainda aí está? Fazes sempre isto.
Quando é que cresces?
:14:53
Nunca mais se vai embora. Anda aí,
desanimado, a cantar canções de falhado.
:14:59
Ajuda-me. Não sei como hei-de livrar-me
dele sem lhe dar um desgosto.
:15:04
Espera.
:15:06
Só um minuto.
:15:07
Sinto-me completamente sufocada.
:15:14
Podes despir isso?
:15:18
Eu depois telefono-te.
:15:22
Querido, eu não sou
uma máquina de amor.
:15:26
Podes devolver-me os meus boxers,
se fazes favor?
:15:35
O que se passa?
:15:37
Tenho de me ir embora.
:15:39
Ir embora?
:15:41
Ir embora para onde?
:15:44
Para casa. O sítio onde eu vivo. Onde
tenho a minha vida, lavo roupa, durmo.
:15:50
- Tento compor música.
- Porque é que não podes compor aqui?
:15:53
Isto é um mundo de loucos.
Sinto-me do outro lado do espelho.
:15:57
Há uma semana de restos na cozinha,
muita roupa por lavar.