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Uma vez mais a Grace escapava
miraculosamente dos seus perseguidores,
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com a ajuda das
pessoas de Dogville.
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Toda a gente lhe deu cobertura,
mesmo o Chuck, que admitiu
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que era provavelmente o chapéu do Tom
que lhe tinha parecido suspeito.
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CAPÍTULO SETE
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Grace, finalmente, já tem
o suficiente de Dogville,
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deixa o povoado,
e vê novamente a luz do dia.
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Nessa noite o Tom pressentiu
que algo tinha acontecido
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mas teve de suplicar muito tempo à Grace
antes dela finalmente se abrir
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e desabafou.
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- Devo enfrentá-lo. A Sério.
- Não.
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- Não tenho outra escolha.
- Não.
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- Ninguém aceitará o que ele lhe fez.
- Não quero que o faça.
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Cheguei aqui com todas estas ideias
e todas estas estúpidas preocupações.
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Ele não é forte, Tom.
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Ele parece forte, mas não é.
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Começarei a procurar uma forma
de a tirar daqui.
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O fim do Verão chegou.
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Na Rua do Olmo, os esquilos
andavam apressadamente
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entre as pernas das
crianças e dos adultos
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procurando em vão os olmos
inexistentes da Rua do Olmo.
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O calor converteu em pedra a terra entre as
groselhas, mas a Grace não se queixava.
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Ela dedicava-se ao seu trabalho,
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feliz de que houvesse algo
para segurar entre os dedos.