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Se alguém o pode fazer,
é você, Grace.
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Todos se aperceberão
que esta arma
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e esta incompreensão e injustiça
têm uma só vítima, que é você.
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A partir daí só há um
pequeno passo ao perdão.
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Pensou muito, Tom Edison.
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Estou certa que é um plano excelente.
Tenho a certeza.
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Se o perdão estava perto da casa da
paróquia, estavam a escondê-lo bem.
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Não tinha sido fácil para o Tom levá-los ali.
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Apelar às duras consciências, que eles
mesmos tratavam de endurecer todos os dias,
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como se fossem tão frágeis
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como as taças do Henson depois
de polidas, era uma tarefa árdua.
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Mas se um fosse, talvez
os outros fossem também,
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assim ninguém poderia falar
nas costas de ninguém.
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O Tom tinha armado o cenário
para o discurso da Grace.
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Agora ela deveria nadar ou naufragar,
e a sinceridade mostrada e suportada.
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Enquanto a Grace falava
com a silenciosa congregação,
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na casa da paróquia
na Rua do Olmo
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as primeiras tempestades de neve
de Outono caíam sobre o povoado.
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Os flocos de neve caíam
sobre as velhas casas
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como se este fosse um
velho povoado qualquer.
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E brincavam com os ramos onde
as maçãs tinham estado penduradas,
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mas, afortunadamente,
a colheita estava feita e,
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graças ao transporte,
tinham encontrado mercado,
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apesar dos preços decepcionantes.
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A Grace tinha apresentado
a sua história com clareza.
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Não a tinha embelezado
nem lhe deu importância.
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E quando acabou, os flocos de neve,
todos ao mesmo tempo, pararam de cair,