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Tenho de lhe dizer, a sua ilustração
arrasou com a minha.
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É aterradora, sim, mas tão clara.
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Acha que me posso permitir a usá-la
como inspiração nos meus escritos?
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Adeus Tom.
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- Algumas vezes tens de fazê-lo tu mesmo.
- É verdade.
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Isso vais ter de me explicar
no caminho para casa.
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De repente houve um barulho.
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Não tão persuasivo e potente como se tivesse
acontecido numa noite de chuva na Primavera,
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mas o suficientemente forte para
encontrar o seu suspiro final
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através da madeira que
ardia rapidamente.
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Aconteceu de novo.
Todos o escutaram.
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A Grace foi a primeira a reconhecê-lo.
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É o Moisés!
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Era o Moisés, disse ela,
e saiu do carro.
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Rapidamente percorreu a distância
até à casota do cão, onde,
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agora que os edifícios tinham desaparecido,
dificilmente poderia chamar-se "rua",
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e certamente não "Rua do Olmo", já que
não tinha sobrado mais nenhuma árvore
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na ladeira da montanha de Dogville,
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muito menos um olmo.
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Era o Moisés.
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Tinha espantosamente
sobrevivido. Um milagre.
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Não, deixa-o.
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Terão visto as chamas
em Georgetown.
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Alguém virá e o encontrará.