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há 50 anos.
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- Está dizendo adeus a quem?
- Para aquela criança.
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Nessa época, o meu pai era o Xerife.
Foi ele que me contou isto.
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Foi o pior caso
que ele teve que tratar.
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E o pior é que nunca chegaram
a encontrar os corpos.
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Peço desculpa pela forma
como a tratei no outro dia, na doca.
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Deixe-me entrar.
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Espere. Ouça...
Você me encontrou e tentou me salvar.
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Eu não merecia que me salvasse,
sobretudo depois do que lhe disse.
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- Por favor...
- O que quer de mim?
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Já não me resta muito tempo. Venha aqui
fora para eu tentar me redimir.
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Você está morto!
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Você está morto e eu sou doida,
senão não imaginava isto tudo.
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Mas não posso fazer nada por você.
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Oh, não...
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Eu pensei que ele não viria,
se eu me redimisse.