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A gente sempre culpa aos pais...
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como se ao dar-lhes sua mãe o peito,
suas vidas teriam sido diferentes.
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Um punhado de chorões.
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Sim. Mas que passa se não foi
algo que te tenhas perguntado?
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Que passaria se soubesses que não é o modo
que se supõe que seja?
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Não acredito em isso
do "destino, há uma só forma correcta".
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Eu também não. Mas, que é pior?
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O pensar que estás paranóico
ou saber que deverias está-lo?
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Não tens que me olhar desse modo.
Estou bem.
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Não, supus que o farias. Eu confio nela.
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-Sei que quando decidi contar-te...
-Decidiste contar-me?
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Sabia que eras casado e que não há
secretos. Ela saberá tudo o que te diga.
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-Não se trata de confiança.
-Já sei.
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Não seria melhor se nuns dias...
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a surpreendo e todos voamos a Costa Rica
ou outro lugar por um mês?
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Deixaremos que o entenda gradualmente.
Quiçá compremos alguma propriedade...
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Por agora, podes dizer-lhe
que te foi bem na bolsa.
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-Não entendes.
-Não.
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Não entendes as perguntas
que virão depois.
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Mas se o explicaremos,
nos tomaremos um tempo...
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para pensar no próximo...
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que, crio, seria construir uma caixa
maior do tamanho de um quarto...
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onde caiba mais de uma pessoa.
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Segura ou não, bem como está parece um ataúde.
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Por verdadeiro, aquele é nosso homem.
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-Qual é o volume?
-Cinco e meio.
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Qual é o ganho? Vá...
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Não, não posso fazer mais. Mas, suponho
que falava de Robert e Phillip.
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Não quero contar-se.
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Sê que investiram muito no grupo...
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Não quero contar-se.
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Se queres que eu assuma a culpa,
está bem, de acordo?
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O aceito contente. É minha.
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Este fim-de-semana,
podem ter o que queiram.
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Entregarei os direitos de patente
de todo o dos últimos dois anos.
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Podem ter a equipe, a garagem, a casa.
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Podem ficar-se com meu caminhão
se te faz sentir melhor.
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Mas não lhes direi uma palavra disto.
Não o faremos.