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Quando te vi na televisão,
recordei a noite de protesto na Cinemateca.
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Mas desta vez os manifestantes
não eram cinéfilos.
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Nem eram estudantes.
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Era difícil saber o que se passava,
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mas as lojas tinham fechado,
as fábricas faziam greve
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e começava a extender-se
por toda Paris.
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Estamos dispostos a ouvir
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todas as reivindicações legítimas.
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Theo e eu nunca vemos televisão.
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Somos puristas.
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Puros e duros.
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- Vamos.
- Sim, mas...
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Credo.
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- Que se passa?
- Não são minhas.
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- Não, no teu quarto.
- Não.
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Há tanto tempo que cá estou,
e ainda nunca
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vi o teu quarto.
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- Tens um quarto, não tens?
- Sim, claro.