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Morreu há três meses.
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Desculpe, tem algo no casaco.
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- Querida, por favor não chores.
- Tommy!
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É horrível, eu sei,
mas não é melhor assim?
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Eu cuido dela.
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- Tommy, sente-se aqui.
- Empregado, pode retirar isso?
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Então, ninguém come?
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Mimi, não lhe afectou o apetite.
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Porque não acredito numa só palavra.
Que provas tem?
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Um estilhaço na canela dele.
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Se não foi ele, quem foi?
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O assassino está nesta sala,
sentado a esta mesa.
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Podem servir o peixe.
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- Nesta mesa?
- Come algo, palerma.
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- Não vai dizer-nos quem é?
- Não sei.
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Pensei que, se nos reuníssemos,
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pudéssemos descobrir.
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A comida está boa, não?
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Sim, é o melhor jantar que já ouvi.
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Diz que não sabe quem foi,
mas suspeita de quem?
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Morelli...
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- Não podem acusar-me disto!
- Senta-te!
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- Sou o bode expiatório?
- Senta-te, ou levas com o cacete.
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Só quero fazer-lhe uma pergunta.
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- Morelli, conhecia a Julia.
- Sim.
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Ela enganava o Wynant?
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- Ela não o dizia, mas acho que sim.
- Por que diz isso?
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Uma vez precisei de $5.000
e ela deu-mos logo, em dinheiro.
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Obrigado.
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Há três meses,
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na noite em que o Wynant o apanhou
em casa da Julia, Morelli,
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ele descobriu que a Julia o enganava
e que ia fugir com um homem.
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Esse homem era...
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Tanner...
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Desculpe, Tanner.
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Não quer vinho?
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Não, a sério. Não tive nada a ver com isto.
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- Já lhe disse...
- Tudo bem, Tanner.
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Estás a pôr-me doida.
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Deixem-me ver, onde é que ia?
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Sim.
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O Wynant foi procurar o homem
que acusou de o ter enganado.
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Esse homem,
sabendo que seria apanhado...
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e iria para a prisão, escolheu a única saída.