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Tenho, sim, Rhett.
Sei que tenho.
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Vale a pena estar preso
só para a ouvir dizer isso.
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Vale bem a pena.
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Deixe-se de rodeios.
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As coisas têm corrido bem em Tara, não?
Que tem andado a fazer com as mãos?
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- Andei a cavalo sem luvas...
- Andou a trabalhar no campo!
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Porque me mentiu
e o que pretende?
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- Quase acreditava que se preocupava.
- Mas é verdade que eu preocupo-me.
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Quero a verdade.
Deseja algo de mim,
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o bastante para fazer esta cena toda.
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É dinheiro que deseja?
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Quero 300 dólares para pagar
os impostos de Tara.
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Menti quando disse
que estava tudo bem.
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As coisas não podiam estar pior.
E o Rhett tem milhões.
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Que garantia oferece?
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- Os meus brincos?
- Não me interessam.
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- Uma hipoteca sobre Tara.
- Que faria eu com uma quinta?
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- Pagava com o algodão do ano que vem.
- Não chega.
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Uma vez disse que me amava.
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Rhett, se ainda me ama...
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Não se esqueceu que não sou
homem para casar.
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Não me esqueci, não.
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A Scarlett não vale 300 dólares.
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Só trará infelicidade
a um homem.
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Vá, insulte-me. Não me rala
o que diz, mas dê-me o dinheiro.
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Não deixarei Tara enquanto
houver vida em mim.
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Rhett, não me quer dar
o dinheiro, por favor?
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Não lho poderia dar,
mesmo que quisesse.
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Os meus fundos estão em
Liverpool, não em Atlanta.
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Se tentasse fazer um saque,
os Ianques caiam-me em cima.
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Como vê, humilhou-se
sem resultado, minha querida.
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Pare com isso! Quer que os Ianques
a vejam dessa maneira?
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Não me toque, seu canalha! Já sabia o
que eu ia dizer antes mesmo de eu falar.