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Não seja vulgar, Dundy.
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A sua ideia de que matei o Thursby
por ele ter morto o Miles,
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cai por terra,
se me culpar de ter morto o Miles.
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Ainda não me ouviu dizer
que matou alguém.
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Você, traz sempre isso à baila.
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Não tem nada melhor para fazer,
do que aparecer aqui
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cedíssimo a fazer uma série
de perguntas idiotas?
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-E a ouvir uma série de mentiras.
-Tenha calma.
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Se diz que não tem nada
com a mulher do Archer,
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é um mentiroso e digo-lhe isso.
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É essa a grande pista que o trouxe aqui
a esta hora da noite?
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-É uma delas.
-E a outra?
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Deixe-nos entrar!
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Está bem, Spade, nós vamos embora.
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Talvez tenha razão em nos fazer frente.
Pense nisso.
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Socorro!
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-Creio que vamos entrar.
-Creio que vão.
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Que se passa aqui?
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Vejam! Vejam! Veja, sr. agente!
Veja o que ela me fez!
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-Fez aquilo?
-Tive de o fazer.
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Estava aqui sozinha com ele.
Ele tentou atacar-me.
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Tive de o afastar.
Não consegui acertar nele.
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Sua porca suja mentirosa!
Você! Não é verdade!
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Vim até aqui de boa fé
e depois ambos me atacaram.
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E depois quando ele saiu
para falar convosco,
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deixou-a com uma pistola
e ela disse que assim que saíssem
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que me iam matar,
por isso chamei por socorro,
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porque não queria
que me deixassem matar.
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E depois ela atacou-me com a pistola!
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Porque não o obriga a dizer a verdade?
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-Esperem um minuto!
-Isso não é modo de agir!
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Tom, não creio que fizéssemos mal
em os levar a todos presos.
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Não se apressem, rapazes.
Tudo pode ser explicado.
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-Aposto que sim.
-Menina O'Shaughnessy,
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apresento-lhe o tenente Dundy
e o detective Polhaus.
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A menina O'Shaughnessy
está ao meu serviço desde ontem.
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-Isso também é mentira!
-Esse é o sr. Joel Cairo.
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Cairo era um conhecido do Thursby.
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Ele veio ao meu escritório ao fim da tarde
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e contratou-me para descobrir algo
que o Thursby
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era suposto ter para ele, quando foi morto.
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Pareceu-me giro o modo como me contou,
para eu não lhe tocar.
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Depois ele apontou-me uma arma.
Será uma confusão
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se apresentarmos queixas
um contra o outro.
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Nós discutimos o assunto
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e decidimos descobrir
exactamente o que ele sabia