:26:00
- Está bem, não és médico.
- Não tenho a certeza.
:26:03
Ou melhor, tenho a certeza
mas não sei o que fazer.
:26:08
- É apendicite, não é?
- Sim.
:26:10
- Tem de ser operado já.
- Podes fazê-Io?
:26:13
- O quê?
- Operá-Io.
:26:14
- Não sei. Nunca tentei.
- Eu não posso ajudar. Sabes como?
:26:18
- Já assisti a algumas.
- Lembras-te?
:26:20
- Não o suficiente.
- Tens um livro?
:26:22
- O manual do Corpo Médico.
- E um livro de Anatomia?
:26:25
Não garanto nada.
E se eu o mato?
:26:28
Ele sobreviverá se não operares?
:26:32
Não tem hipótese. Morrerá.
:26:36
Então, operamos.
:26:46
- Como te sentes?
- Mal.
:26:50
- Peço desculpa, eu...
- Não digas isso.
:26:53
Sabes o que tens?
Uma apendicite aguda.
:26:56
- Não se preocupe comigo.
- Pílulas, diz-lhe a verdade.
:27:03
Ouve.
Eu sou apenas um enfermeiro.
:27:06
Percebo de vitaminas e comprimidos,
mas percebo pouco de cirurgia.
:27:11
Precisas de uma cirurgia urgente.
:27:14
Morrerás daqui a dois dias
se não fores operado já.
:27:17
Eu confio em ti, Pílulas.
:27:20
Sabes o que estás a dizer?
Não posso prometer-te nada.
:27:23
Sim, eu sei.
:27:26
- Quando comecamos?
.
- És muito corajoso, rapaz.
:27:30
Descansa.
:27:36
Obrigado por tudo.
:27:39
Já deve ter bastante que o preocupe.
:27:42
Faremos o melhor por ti.
:27:45
Preciso de retractores de músculos,
bisturis e grampos.
:27:50
- Deixa ver as imagens.
- Posso pôr aqui uma luz.
:27:54
- Óptimo.
- Estas facas são bem afiadas.
:27:57
Se pudéssemos
fazer delas bisturis.