:07:00
- Champanhe?
- Ja pus algum no frigorífico.
:07:03
- Quando fizeste isso?
- Antes do David chegar.
:07:06
- Tinhas a certeza que ia dar certo.
- Claro.
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Sabes que so faço uma coisa
se for para ser perfeita.
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Sempre desejei ter
mais talento artístico.
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O homicídio também pode ser arte.
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O poder de matar pode satisfazer
tanto como o poder de criar.
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Ja reparaste que fizemos
exactamente o que planeamos?
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E nada correu mal. Foi perfeito.
:07:33
- Sim.
- Um crime imaculado!
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Matamos
pelo prazer do perigo e de matar.
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Estamos maravilhosamente vivos!
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Nem o champanhe
é bastante bom para esta ocasião.
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- Mesmo assim, eu bebo.
- Ja não tens medo, pois não?
:07:49
O medo não é para nos. E isso
que nos distingue do homem vulgar.
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Ele apenas fala
em cometer o crime perfeito.
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Ninguém comete um crime...
so pela experiência.
:08:01
Ninguém, excepto nos.
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- Ja não estas com medo?
- Não.
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Nem mesmo de mim?
:08:10
- Não.
- Óptimo.
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Tu espantas-me, como sempre.
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Melhor ainda.
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Ao David, claro.
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- O que sentiste, Brandon?
- Quando?
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Durante.
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Não sei.
Não me lembro de sentir nada.
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Até o corpo dele ficar mole...
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e eu perceber que tinha acabado.
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- E depois?
- Depois...
:08:53
Senti-me muito alegre.
:08:57
E tu, que sentiste?