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Ergue as mãos, Memnet.
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O que enterraste no Nilo
ficará enterrado no teu coração.
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- Jura.
- Manterei o silêncio.
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O dia em que quebres essa jura
será o último que teus olhos verão.
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Serás a glória do Egipto, meu filho,
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poderoso em palavras e feitos.
Reis curvar-se-ão perante ti.
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O teu nome viverá após as pirâmides
se terem desfeito em pó.
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E...
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porque te recolhi da água,
chamar-te-ás Moisés.
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Anuncia a sua chegada à distância,
não é, meu filho?
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Tanta popularidade
pode ser perigosa, Grande Séti.
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Para quem, Ramsés?
Para mim ou para ti?
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A fama já fez voltar
príncipes contra o seu Faraó.
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Ah! Mas a inveja já fez voltar
um irmão contra outro.
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A inveja é para os fracos.
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Se falas de Nefretiri,
tens razão, meu pai.
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É a sua beleza que te atrai, Ramsés,
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ou o facto de que desposará o homem
que eu escolher como meu sucessor?
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Eu sou teu filho de sangue.
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Quem mais poderia ser teu herdeiro?
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Suceder-me-á o homem mais capaz
para governar o Egipto.
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Devo-o a meus pais...
não a meus filhos.
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- Então suceder-te-ei eu.
- Sucederás?
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Não deixes que a ambição
te rape a madeixa de príncipe.