:50:03
E será a tua mortalha!
:50:07
Achas que me importa de quem é filho?
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- lmporta a Ramsés.
- Não viverás para lhe contar.
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Nefretiri?
:50:33
Nefretiri! Fechaste as portas
para fazeres um príncipe implorar?
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Quem implora sou eu, Moisés,
:50:44
imploro-te que me abraces. Beija-me.
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Não és nenhuma pedinte, meu amor.
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És uma conquistadora, e eu serei
o teu eterno prisioneiro.
:50:59
Uma vida só não será suficiente.
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Serás Rei do Egipto.
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E eu serei o descanso dos teus pés.
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Um homem estúpido a ponto
de te usar como descanso dos pés
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não seria suficientemente sábio
para governar o Egipto.
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Princesa! Os corvos largaram
uma pena negra à tua porta.
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- Quem podia...?
- Deixa o mundo lá fora.
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Perdão, perdão, Alteza.
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- A velha ama, Memnet...
- Vai-te. Não quero ouvir nada.
:51:32
Que tem a Memnet?
:51:34
Está morta.
Deve ter caído da varanda.
:51:37
Esta noite não quero ouvir
coisas tristes. Vai-te!
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A velha Memnet deve ter
percorrido aquela varanda mil vezes.
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Que nos importa
a morte duma escrava?
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Ela serviu-te fielmente.
:51:54
Como podes ser tão rica de amor
e tão pobre de piedade?
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Que tipo de mulher é esta
que me mantém cativo?