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Serás Rei do Egipto.
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E eu serei o descanso dos teus pés.
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Um homem estúpido a ponto
de te usar como descanso dos pés
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não seria suficientemente sábio
para governar o Egipto.
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Princesa! Os corvos largaram
uma pena negra à tua porta.
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- Quem podia...?
- Deixa o mundo lá fora.
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Perdão, perdão, Alteza.
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- A velha ama, Memnet...
- Vai-te. Não quero ouvir nada.
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Que tem a Memnet?
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Está morta.
Deve ter caído da varanda.
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Esta noite não quero ouvir
coisas tristes. Vai-te!
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A velha Memnet deve ter
percorrido aquela varanda mil vezes.
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Que nos importa
a morte duma escrava?
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Ela serviu-te fielmente.
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Como podes ser tão rica de amor
e tão pobre de piedade?
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Que tipo de mulher é esta
que me mantém cativo?
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Uma mulher que te ama,
e que não te perderá.
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Uma mulher que quer ser tua esposa.
Nada no mundo pode mudar isso.
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Nem os planos principescos de Ramsés
nem as mentiras maldosas de Memnet.
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Memnet resmungou a vida inteira.
Porque te perturba isso agora?
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Porque ela resmungou contra ti.
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Que as suas ameaças
se enterrem com ela.
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Olha,
a noite é uma coroa de estrelas,
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e a escuridão
um manto de esquecimento.
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Vamos compartilhá-las.
A lua será o nosso ceptro.
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- Um pedaço de pano hebreu!
- Memnet deixou-a cair.
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Memnet não era hebreia.
Porque traria ela isto?
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- Não sei.
- Sabes sim.
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Diz-me.
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la levá-lo a Ramsés...
para te destruir.
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Como poderia Ramsés destruir-me
com um pedaço de pano?
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Moisés, porque me interrogas?
Que te importa? Sim!