The Ten Commandments
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1:04:01
Não sei que poder é este
que me dita o caminho...

1:04:07
mas os meus pés pisam já
a estrada que devo percorrer.

1:04:14
Perdoa-me, Bitia.
1:04:18
Deus dos nossos pais,
1:04:21
que destinaste pôr-se fim
à escravatura de lsrael,

1:04:25
abençoada seja eu
entre todas as mães desta terra,

1:04:30
pois os meus olhos
contemplaram o Vosso salvador.

1:04:41
Não prendereis os bois
que pisam o milho,

1:04:46
fazendo palha
para os tijolos do Egipto,

1:04:50
nem poupareis os braços que separam
o milho incansavelmente ao vento,

1:04:54
que separam o joio do trigo,
1:04:57
trigo carregado incansavelmente
às costas de inúmeros escravos,

1:05:01
dos barcos sobrecarregados do Nilo
para as margens repletas de gente.

1:05:06
Caminham sem parar
sob os fardos de trigo,

1:05:09
e, sem parar, regressam por mais.
1:05:11
Uma seara doirada
para os debulhadores,

1:05:15
grão posto de parte
para alimentar os donos,

1:05:18
amargura para alimentar os escravos,
1:05:21
e palha para alimentar
as valas de tijolos,

1:05:25
carregada
nas costas vergadas das mulheres,

1:05:27
para o vale interminável
de labuta e sofrimento,

1:05:32
que se estende por milha após milha.
1:05:34
Um inferno de corpos enlameados,
1:05:37
onde os pés dos pisadores
misturam barro e palha

1:05:41
para os tijolos do Faraó.
1:05:44
E sempre os chicotes
dos capatazes vigilantes,

1:05:48
prontos a flagelar
as costas dos escravos cansados.

1:05:52
Lâminas a cortar palha.
1:05:57
Sachos a cortar o barro.
1:05:59
Um ciclo contínuo de labuta sem fim.

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