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um, dois, três, quatro,
cinco, seis, sete...
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oito, nove, dez, onze.
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Muito bem. Onze votam culpado.
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Quem vota inocente?
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Um. muito bem.
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Onze votos culpado, um inocente.
Bem, agora sabemos em que pé estamos.
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Caramba! Há sempre um.
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Então, o que fazemos agora?
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- Acho que falamos.
- Oh, caramba!
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Acha mesmo que ele é inocente?
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- Não sei.
- Você esteve no tribunal como todos nós.
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Ouviu o que ele fez.
O miúdo é um assassino perigoso.
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- Ele tem 18 anos.
- Bem, é idade suficiente.
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Apunhalou o próprio pai
no peito.
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Provaram-no de uma dúzia
de maneiras diferentes no tribunal.
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- Quer que lhe faça uma lista?
- Não.
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- Então o que é que quer?
- Só quero falar.
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O que tem isto para falar?
Onze de nós acham-no culpado.
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Ninguém teve de pensar
duas vezes a não ser você.
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Deixe-me perguntar-lhe uma coisa:
acredita na história dele?
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- Não sei. Talvez não.
- Então como é que vota inocente?
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Houve onze votos em culpado.
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Não é fácil levantar a mão e mandar um
miúdo para a morte, sem falar antes sobre isso.
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- Quem disse que era fácil?
- Ninguém.
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O quê? Só porque eu votei depressa?
Eu acho honestamente que o tipo é culpado.
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Não me fazia mudar de ideias
nem que falasse durante 100 anos.
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Eu não estou a querer que
mude de ideias. É só que...
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Trata-se da vida de alguém.
Não podemos decidir em 5 minutos.
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- Suponham que estamos enganados?
- Suponham que o prédio me cai em cima.
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- Podemos supor qualquer coisa.
- É verdade.
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O que interessa o tempo que leva?
Suponhamos que levamos 5 minutos. E daí?
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Levemos uma hora. O jogo
não começa antes das 8.
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- Quem tem alguma coisa a dizer?
- Eu estou disposto a estar aqui uma hora.
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- Óptimo, ouvi uma muito gira ontem à noite...
- Não é para isso que aqui estamos.