:37:05
- Acha então que ele não é culpado?
- Não sei. É possível.
:37:10
Bem, eu não sei o conheço, mas aposto em
como nunca esteve tão errado na sua vida.
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Está a perder o seu tempo.
Devia acabar com isto
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Suponha que era você
que estava a ser julgado.
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Bem, eu não sou de suposições.
Sou um homem de trabalho.
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O meu patrão faz as suposições.
Mas...
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vou tentar por uma vez.
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Suponha que nos dá a volta
e que...
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o rapaz matou mesmo o pai?
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Está pronto?
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Desculpe, camarada.
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- Onde havia de ser?
- Muito bem, retomemos os nossos lugares.
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- Parece que vamos jantar aqui.
- Bem, vamos ao assunto.
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- Quem quer começar?
- Eu.
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- Ok, força.
- Você aí.
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O velhote que vivia por baixo disse
que ouviu o miúdo gritar "vou-te matar."
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Um segundo depois,
ouviu o corpo a cair no chão.
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Ele correu para a porta e viu o miúdo a fugir
da casa. O que acham que isto quer dizer?
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Eu pergunto-me se ele conseguiu ouvir
claramente a voz do rapaz através do tecto.
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Não ouviu pelo tecto. A janela estava aberta.
E a de cima também. Era uma noite quente.
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Estava noutro apartamento.
Não é fácil identificar uma voz a gritar.
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Ele identificou em tribunal.
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A senhora do outro lado da rua
observou o crime pela janela aberta.
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- Isto não chega para si?
- Não, não chega.
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Caramba, já viram este gajo?
É como falar para uma parede.
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Ela disse que viu pela
janela de um comboio em movimento.
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O comboio tinha seis carruagens.
Ela viu através das duas últimas.
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Ela lembra-se dos detalhes mais insignificantes.
Não vejo como pode se possa discutir isso?
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Alguém aqui tem ideia
de quanto tempo leva o comb...