:55:01
Oh, vá lá.
:55:09
Vá lá, mais depressa.
O velho andava mais depressa do que isso.
:55:13
Se quer que ande mais depressa
do que isto, eu ando.
:55:32
- Tranca. Porta. Pare.
- Certo.
:55:35
Qual foi o tempo?
:55:37
Exactamente... 41 segundos.
:55:40
Isto é o que eu penso que se passou.
O velhote ouviu a discussão umas horas antes.
:55:44
Quando estava na cama,
ouviu o corpo cair no chão,
:55:47
ouviu a mulher gritar, foi até à porta
de entrada o mais rápido que pôde,
:55:50
ouviu alguém a correr e partiu
do princípio que era o rapaz.
:55:53
- Acho que é possível.
- Partiu do princípio?
:55:57
Caramba, já vi todo o tipo
de desonestidade nos meus dias,
:56:00
mas esta encenaçãozinha
leva tudo à palma.
:56:03
Chegaram todos aqui de corações destroçados
com os miúdos dos bairros de lata e injustiças.
:56:08
Ouvem uns contos de fadas...
Ele pode dar a volta a estas "senhoras",
:56:12
mas não me vai dar a volta a mim.
Já chega.
:56:15
O que se passa convosco? Todos
sabem que ele é culpado! Ele tem de fritar!
:56:19
- Estão a deixá-lo escapar entre os nossos dedos.
- Escapar entre os nossos dedos?
:56:23
- Você é o carrasco?
- Sou um deles?
:56:26
- Talvez queira ser você a carregar no interruptor.
- Para este miúdo, pode crer que faria.
:56:30
Sinto pena de si. Deve ser
terrível ter vontade de matar.
:56:34
Desde que aqui entrou que tem agido
como um auto-proclamado vingador público.
:56:38
Você quer ver este rapaz morrer,
porque sim, não por causa dos factos.
:56:42
- Você é um sádico.
- Você...
:56:44
Larguem-me! Eu mato-o!
Eu mato-o!
:56:48
Não tem realmente intenções
de me matar, pois não?
:56:57
- Passa-se algo de errado? Ouvi barulho.
- Não, está tudo bem.