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mas esta encenaçãozinha
leva tudo à palma.
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Chegaram todos aqui de corações destroçados
com os miúdos dos bairros de lata e injustiças.
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Ouvem uns contos de fadas...
Ele pode dar a volta a estas "senhoras",
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mas não me vai dar a volta a mim.
Já chega.
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O que se passa convosco? Todos
sabem que ele é culpado! Ele tem de fritar!
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- Estão a deixá-lo escapar entre os nossos dedos.
- Escapar entre os nossos dedos?
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- Você é o carrasco?
- Sou um deles?
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- Talvez queira ser você a carregar no interruptor.
- Para este miúdo, pode crer que faria.
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Sinto pena de si. Deve ser
terrível ter vontade de matar.
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Desde que aqui entrou que tem agido
como um auto-proclamado vingador público.
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Você quer ver este rapaz morrer,
porque sim, não por causa dos factos.
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- Você é um sádico.
- Você...
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Larguem-me! Eu mato-o!
Eu mato-o!
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Não tem realmente intenções
de me matar, pois não?
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- Passa-se algo de errado? Ouvi barulho.
- Não, está tudo bem.
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Estamos só... numa discussão amigável.
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Já usámos a planta. Pode levá-la,
se quiser. Tome.
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O que estão a olhar?
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- Alguém vai ter de recomeçar.
- Peço desculpa...
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"Peço desculpa"?
Para quê tanta delicadeza?
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Por o mesma razão que você não a tem.
Foi assim que fui educado.
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Esta discussão... não é para isto
que aqui estamos, para brigar.
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Nós temos uma responsabilidade.
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Isto, sempre pensei, é uma
coisa notável da democracia.