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Estás embrutecido!
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Falsidade... O que sabes tu disso?
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Eu é que podia escrever
um livro sobre isso!
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- É a tua irmã de Memphis.
- O raio que a parta!
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Gooper, pira-te.
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Fecha a porta.
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Falsidade...
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Vê bem as mentiras que tive de aturar.
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Fingimento. Hipocrisia.
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Fingi que gostava da Big Mama,
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sem a suportar durante 40 anos.
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Vou à igreja. Chateia-me, mas vou.
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São só interesseiros, falsos beatos,
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angariadores de fundos
para clubes e tretas afins,
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que me chupam dinheiro
sem contemplações!
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Eu vivi com a falsidade.
Por que não hás-de viver também?
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Tens de viver com ela.
Não há nada, senão isso!
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Pois não?
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Há, isto!
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Isso não é viver.
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- Isso é fugir da vida.
- Eu quero fugir dela.
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- Então por que não te matas?
- Porque gosto de beber.
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Não consigo falar contigo.
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Lamento.
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Queres que entregue
11.000 hectares de terra,
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a um bêbado inveterado?
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Não.
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Eu gosto de ti.
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Mas recuso-me a patrocinar
inutilidade e podridão!
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Dê tudo ao Gooper e à Mae.
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Não os suporto,
nem aos cinco macacos deles.
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Não tenho de legar nada
a nenhum de vocês.
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Não fiz um testamento
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e agora, que já não preciso,
acabou-se a pressão.
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Posso esperar e ver se te recompões.
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Pois pode.
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- Não estou a brincar.
- Eu sei.
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- É-te indiferente?
- Não quero saber.
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Mande o Lacey levar-me à estação.
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- Espera...
- Se não, guio eu.
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Vou para casa.
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- A tua casa é aqui.
- Desde quando?
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Não deixemos isto assim,
como todas as outras conversas.
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Sempre contornámos os assuntos.
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Deixámos coisas por dizer e por esclarecer.