Touch of Evil
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1:05:00
Agora já posso falar abertamente.
- O que quer dizer?

1:05:03
Bem, não o queria usar em defesa
própria. - O quê?

1:05:08
Que sabem vocês desse Vargas?
1:05:10
Não é o responsável pelas
investigações deste lado da fronteira?

1:05:14
Sobretudo narcóticos?
- Narcóticos.

1:05:18
Ele é viciado em drogas.
1:05:20
E também viciou
a jovem mulher dele.

1:05:23
Se não tivesse visto a agulha com
os meus próprios olhos... - Viu-a?

1:05:29
Foi o que eu disse, não foi?
- Tem a certeza?

1:05:33
Por isso ele inventou toda esta
trama louca. É típico.

1:05:38
E por isso a mulher foi àquela
espelunca num bairro notório.

1:05:41
São ambos viciados. Ele usa a sua
profissão para o disfarçar.

1:05:48
Quer dizer que ele
próprio está envolvido com drogas?

1:05:51
Se isto
não passa de intuição...

1:05:53
Não têm que acreditar, também não
é o meu departamento, mas...

1:06:00
...vou prová-lo, para
não pensarem que estava só a falar.

1:06:03
Tenha cuidado, sim?
- Chefe, serei muito cuidadoso.

1:06:08
Opor-se assim ao seu chefe
exige muita coragem.

1:06:13
Também me pode fazer um favor:
Encontrar-me um escritório. - Porquê?

1:06:18
Se calhar a intuição do Quinlan
é mesmo melhor que a sua.

1:06:21
E aí a minha intuição diz-me que
regressarei ao sector privado.

1:06:26
Aqui estão os outros nomes.
- Posso terminar isto sozinho.

1:06:30
Talvez sim e talvez não.
1:06:33
Oeixe-me tentar.
1:06:36
Não tenho o direito
de o envolver ainda mais no assunto.

1:06:38
Quer fazer tudo sozinho?
Basta encontrar o assassino,

1:06:41
e depois provar que o grande
ídolo da polícia é um corrupto.

1:06:45
Não há dúvida que escolheu
bem com que se ocupar.


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