Touch of Evil
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1:35:04
Você matou o Grandi. - Oeixar a
bengala ao pé dele foi mesmo de louco.

1:35:09
Vamos por partes:
O que é feito da arma do Vargas?

1:35:13
Estava a falar da minha bengala.
- A arma! - Esqueci-me.

1:35:17
A pistola que lhe tirou da mala. A
pistola do Vargas!

1:35:23
Só queres falar do Vargas!
1:35:28
Você tirou a arma da mala,
mas não a usou.

1:35:31
O Grandi foi estrangulado. - Ele era
um criminoso. - Você é um assassino.

1:35:35
Sou um polícia.
- Sim, sim, sim...

1:35:39
E está tão bêbado e louco como
quando o estrangulou, possivelmente

1:35:43
estava a pensar na sua mulher,
e como ela foi estrangulada.

1:35:47
Acho que estou sempre a pensar nela.
Bêbado ou sóbrio.

1:35:53
Que mais tenho em que pensar,
a não ser no meu trabalho sujo?

1:35:59
Não precisava de o ter sujado.
- Nem o fiz. Vê nas actas.

1:36:05
As nossas actas, parceiro.
- Claro, claro...

1:36:08
Todas aquelas condenações.
1:36:11
Condenações, sim...
Quantos é que tramou?

1:36:14
Nenhum.
1:36:16
Vá lá, Hank. Quantos tramou?
- Já disse: Nenhum!

1:36:20
Não foi condenado ninguém
sem ser culpado.

1:36:25
Culpado...
1:36:28
Cada um deles era culpado.
1:36:32
Você andou a
enganar-me todos estes anos.

1:36:34
A forjar provas.
- Ao serviço da justiça.

1:36:38
Sim, como o machado do caso Burger.
- Ainda te lembras?

1:36:41
Fui eu que encontrei o machado.
1:36:43
Exactamente onde o pôs para mim.
Como a dinamite do Sanchez!

1:36:49
Não acreditas que o Sanchez seja
culpado? Ele há-de confessar.

1:36:54
Ei, escuta!
1:36:59
Hank...
- Estás a ouvir?


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