:16:03
De repente, alguém abre a porta.
O Miguel deu um salto...
:16:07
E a ultima coisa de que me lembro, até o
Maurice entrar e me ver com a arma.
:16:14
Ha aqui qualquer coisa
que näo estou a perceber bem.
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O que é que näo percebe?
:16:24
Näo percebo quando diz
que näo se lembra.
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Acho que estava inconsciente.
:16:34
Tenho aqui um galo.
:16:36
Onde? Deixe ca ver.
:16:40
Näo sei como aconteceu,
mas doi-me.
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Que belo perfume.
:16:45
- E oleo de banho.
- Ai é?
:16:47
Näo percebo.
Alguém me deve ter batido.
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Teve um ligeiro traumatismo
com esse galo.
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- Tem creme no nariz.
- Näo é nada.
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- E daquela coisa ali.
- Esta todo molhado. Esta a chover?
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Foi o estupido do meu condutor
que estacionou mesmo ao pé da fonte.
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Devia tirar essa roupa.
Ainda apanha uma pneumonia.
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Se calhar, mas faz tudo parte
da rica trama da vida.
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Nos, policias, temos de aguentar
muita coisa em serviço
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que na vida privada näo
suportariamos.
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Por que näo fumamos um cigarro?
Ajuda a acalmar os nervos
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e faz-nos pensar com mais clareza.
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- Que belo perfume.
- E oleo de banho.
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E muito bom.
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- Obrigada.
- Ainda sinto o cheiro.
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- Onde iamos?
- No meu galo.
:17:49
Com que ficou quando
alguém lhe bateu.
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- Pelo menos, é o que presumimos.
- E podia ter sido outra coisa?
:17:57
Nas forças policiais, primeiro
presumimos, depois descobrimos.