:05:07
-É tudo?
-É tudo.
:05:17
Tragam-no.
:05:30
Quem o enviou aqui, Jivago?
:05:33
Ninguém me enviou, comandante.
:05:35
Estou com a minha mulher e o meu
filho. Estão no comboio de Moscovo.
:05:39
Já verificámos isso.
:05:42
A faca estava ao lado da colher
e do garfo. Parecia inofensiva.
:05:45
Talvez viaje com a família
pela mesma razão.
:05:52
Yuryatin está ocupada pela Guarda
Branca. É por isso que vai para lá?
:05:56
Não, vamos para Varykino.
:05:59
Não por Yuryatin,
está a ser bombardeada.
:06:02
Não sou um agente dos Brancos,
comandante.
:06:06
Não, acho que não.
:06:08
Obrigado, camaradas.
Sente-se, doutor.
:06:10
Leva isso.
:06:13
Não é tão idiota como parece.
Já tive atentados.
:06:22
É o poeta?
:06:24
Sou.
:06:25
-Eu admirava a sua poesia.
-Obrigado.
:06:29
Agora já não admiro.
:06:31
Acho-a absurdamente pessoal.
Não concorda?
:06:34
Sentimentos, afectos!
Agora é tudo tão trivial!
:06:39
Não concorda. Faz mal!
:06:42
Na Rússia, a vida pessoal morreu.
A História matou-a.
:06:47
Vejo que talvez me odeie.
:06:51
Odeio tudo o que diz, mas não
o suficiente para o matar.
:06:57
Tem um irmão.
:06:58
-O Yevgraf?
-Sim, o polícia.