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Preciso da sua ajuda.
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Tinha vindo a Moscovo
procurar a sua filha.
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Ajudei-a o mais que pude,
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mas sabia que era inútil.
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Acho que estava um pouco
apaixonado por ela.
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Um dia foi-se embora
e nunca mais voltou.
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Morreu ou desapareceu algures...
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...num campo de trabalho.
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Um número sem nome numa lista
que depois se perdeu.
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Isso era muito comum
naquela altura.
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Como é que te perdeste, Tonya?
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-Nós íamos a correr pela rua.
-Nós?
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-O meu pai.
-Não, o Komarovsky!
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Não sei.
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A rua estava a arder.
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Havia explosões e as casas
estavam a cair. . .
1:13:11
. . .e ele largou a minha mão.
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Ele largou a minha mão!
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E eu perdi-me!
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Um pai teria feito isso?
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Claro, as pessoas fazem
qualquer coisa!
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Era o Komarovsky!
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Este homem é que era teu pai.
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Porque não acreditas?
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Não queres acreditar?
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Não, se não for verdade.
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Isso é hereditário.
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Quando era criança,
queria muito ter pais.
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Pode imaginar
quanto queria tê-los.